Em um mundo de constante mudança, não seria o mercado cervejeiro o único a permanecer parado. Desde sua criação aos dias atuais, a cerveja ganhou em variações de famílias e estilos que caracterizam a inovação em um produto para atender às necessidades dos consumidores. Mas essas inovações não se limitaram ao produto essencial e superam em muito a forma, característica, qualidade, confiabilidade e estilo da própria bebida e elas se desdobraram em uma série de novos produtos relacionados à cerveja – muitos dos quais você até nem imaginaria que precisasse um dia. Todos esses acessórios representam a prática da inovação, ou seja, a exploração com sucesso de novas ideias.
Podemos exemplificar isso com os copos necessários para beber cada estilo de cerveja e cujo uso influencia nas experiências degustativas e olfativas da bebida, além de melhorar a sua apresentação. Além dos copos e canecas encontramos também as bolachas de copo que são produtos diretamente associados junto com as chopeiras. Também são vendidos caixotes de madeira para armazenamento e transporte de garrafas e latas de cerveja para facilitar o manuseio. Algumas empresas desenvolvem cards ou cartas de marcas de cerveja, camisetas, bonés, abridores de garrafas e porta-guardanapos. Um fabricante de geladeiras desenvolveu um eletrodoméstico chamado de Cervejeira, uma espécie de adega, capaz de armazenar e gelar até 75 latinhas.
Quando oferecidos em conjunto pelo mesmo fabricante de cerveja, estes acessórios proporcionam a geração de valores agregados para o consumidor, além de ajudar na consolidação da marca e representarem uma fonte extra de receitas. É o que se chama em marketing de hierarquia de produto, ou seja, tudo aquilo que vai desde o produto principal para satisfazer as necessidades básicas até itens específicos que atendem a essas necessidades. Essa hierarquia pode ser uma nova família de produtos, uma classe de produtos, uma nova linha, tipos de produtos ou mesmo de itens associados. Nesse sentido, a cerveja representa os tradicionais 10% de inspiração, enquanto os outros 90% são a transpiração para colocar as ideias em prática.
Texto por: Luís Augusto Zillmer Cardoso
