Basta um passeio pelo supermercado para verificar que nem sempre as cervejas se diferenciam apenas pelo seu estilo, sabor ou marca. Muitas cervejas concorrentes no mesmo segmento de público se destacam também pela sua embalagem, apesar de a bebida ser semelhante a dos concorrentes. Essa maneira de distinguir o produto entre os demais começa a ganhar as prateleiras brasileiras, mas já é uma prática comum em vários países. Exemplos disso são as cervejas holandesas embaladas em uma caneca reutilizável com o objetivo de fidelizar o consumidor e as latas e garrafas de cervejas decorativas ou temáticas.

As embalagens também são uma forma de desenvolver o marketing de sua marca ou empresa e pode ser definida como um conjunto de atividades de projeto e produção do recipiente ou envoltório de um produto. Elas criam valor de conveniência e promocional. Tanto é assim que muitos autores e profissionais de marketing consideram a embalagem como o quinto P do composto mercadológico (P de packing, embalagem). A eficiência de uma embalagem está diretamente relacionada com a identificação da marca, a transmissão de informações, a facilidade de manuseio e orientações de armazenagem e consumo do produto.

Além disso, embalagens diferenciadas determinam quantidades diferentes de produto e atendem a desejos específicos de grupos de consumidores. A ocasião de consumo determina o tamanho da embalagem. Se antes tínhamos latas de 350 ml, atualmente encontramos latas de 500 ml ou 269 ml ou até mesmo de 1 litro e garrafas em proporções diferentes. O melhor exemplo de como unir tudo isso em uma embalagem e ainda dar utilidade a ela foi desenvolvido pela cervejaria alemã Beck´s. A empresa criou uma garrafa de cerveja que tem música gravada na superfície, algo semelhante a um disco de vinil, e que pode ser tocada em um aparelho especialmente desenvolvido para isso. O resultado está disponível aqui.

Texto por: Luís Augusto Zillmer Cardoso