Cerveja Artesanal está na moda? Seguramente sim. É uma moda passageira? Com certeza não. Na Europa, principalmente na Alemanha, Bélgica e Inglaterra, esta moda já dura mil anos.
Da mesma forma que a moda é feita de estilos, a cerveja também. Pale Ale, Bock, Weizen, Pilsen, Stout, Strong Ale, etc são estilos de cerveja que carregam história, e suas características refletem a personalidade de seus criadores. Mas de onde veio esta moda? Até bem pouco tempo atrás, tínhamos o hábito de comprar cerveja “pilsen” e estávamos satisfeitos com isso. Buscávamos diferença entre as marcas existentes, mas não percebíamos que experimentávamos praticamente um só estilo, como se todo mundo usasse roupas muito parecidas.
Há duas décadas o mercado começou a mudar com o nascimento das cervejarias artesanais. Em um primeiro momento tímidas, restritas ao local de origem, na forma de chopp – cerveja não pasteurizada -, estas microcervejarias foram se espalhando pelo território nacional. Nos últimos anos vemos uma aceleração desta tendência, principalmente nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e a na nossa Santa Catarina.
Como não poderia deixar de ser, há outras forças que se juntam à esse movimento. As grandes cervejarias, sentindo-se ameaçadas pelas cervejarias artesanais, começaram a importar marcas famosas e diferentes estilos de cervejas especiais de países com muita tradição cervejeira. E, não menos importante, há pouco mais de uma década, se inicia a revolução do homebrew – fazer cerveja em casa – no Brasil.
A junção destas três forças tem impactado de forma positiva o mercado de cerveja impulsionando a experimentação e a busca por diferentes cores, sabores, aromas e texturas. Temos a impressão que está na moda, mas estas opções vieram para ficar, com cada dia mais estilos. Um brinde à diversidade!