Uma péssima notícia para aqueles que acreditam que beber cerveja é apenas um prazer gastronômico ou uma diversão para as horas de lazer. É possível apreciar uma boa cerveja e, ao mesmo tempo, ajudar o seu bairro e a sua comunidade. A prova disso vem da Alemanha e a marca responsável pela inovação na forma de conduzir os negócios e desenvolver a responsabilidade social se chama Quartiermeister, que se apresenta no slogan como “a cerveja para o bairro” (bier für den kiez). O motivo por ostentar esse posicionamento reside no fato de que a marca utiliza todos seus lucros para apoiar projetos sociais locais e contribuir para o desenvolvimento da comunidade local de forma sustentável.
A Quartiermeister foi criada em Berlin e produz também nas cidades de Munich, Leipzig e Brandenburg. Por se tratar de uma empresa familiar, a ideia de seus empreendedores consiste em fortalecer empresas e a economia local. Todas as matérias-primas utilizadas na produção da bebida são obtidas de produtores regionais. Além dos fornecedores, os lucros e os salários e todas as demais transações relacionadas com a marca ficam disponíveis para o público local e usam um sistema 100% de transparência. Mas não é apenas dentro da fábrica que isso acontece. A empresa permite que os consumidores, do outro lado do balcão, também opinem sobre o destino dos lucros e as causas locais a serem apoiadas pela marca.
Também não é apenas com a responsabilidade social e o desenvolvimento da comunidade onde atua que a Quartiermeister se preocupa. A cerveja produzida pela marca obedece ao rigor da lei da pureza alemã (Reinheitsgebot) e tem como características o amargor mais forte, ser encorpada e teor alcoólico de 5%. A empresa já conquistou dois prêmios devido à qualidade da bebida, o DLG Ouro e o selo de Ouro de Qualidade da Anel. A Quartiermeister mostra como é possível colocar em prática o marketing socialmente responsável baseado no tripé responsabilidade social e nos comportamentos ético e legal. Como dizia o filósofo Platão: “não é preciso que a bondade se mostre, mas que se deixe ver”.
Texto por: Luís Augusto Zillmer Cardoso