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Evolução & panorama técnico da qualidade dos lúpulos nacionais

Do Campo ao Copo: Como o Lúpulo Nacional Está Transformando o Mercado Cervejeiro Brasileiro

Você já parou para pensar de onde vem o lúpulo que dá aroma e amargor à sua cerveja favorita? 

No cenário vibrante e desafiador da cerveja artesanal brasileira, uma revolução silenciosa está acontecendo, impulsionada por produtores dedicados e uma ciência cada vez mais robusta.

Foi exatamente sobre essa transformação que o Seminário Internacional da Cerveja 2025, realizado durante o 16º Festival Brasileiro da Cerveja em Blumenau, trouxe informações valiosas.

Em uma palestra imperdível, Duan Ceola, Aureliano Meirelles e Manuel Barrales, da equipe Kalamazoo e da Copa Brasileira de Lúpulos, desvendaram o potencial do lúpulo nacional, apresentando dados que prometem quebrar paradigmas e inspirar o futuro da produção cervejeira no Brasil.

Curioso para descobrir o que o ouro verde brasileiro tem a oferecer e como ele está redefinindo a cadeia de produção? 

Prepare-se para mergulhar nos segredos que vão muito além do campo!

A Força Por Trás do Lúpulo Nacional: Kalamazoo e a Copa Brasileira de Lúpulos

A Kalamazoo é mais que uma empresa; é uma startup de base tecnológica sediada no Parque Científico Tecnológico da Unicamp, focada em desenvolver soluções para o lúpulo, atendendo desde o mercado mainstream até o artesanal, além de dar suporte aos produtores brasileiros com análises e controle de qualidade. Sua missão se estende a outras indústrias, como alimento, farmacêutica e cosméticos, que também se beneficiam dos compostos do lúpulo.

Parte essencial desse trabalho é a Copa Brasileira de Lúpulos, idealizada pelo químico e professor da ESCM, Duan Ceola. Nascida da necessidade de conectar produtores e cervejeiros, a Copa é um campeonato amistoso que promove a visibilidade do lúpulo nacional. Ela funciona como uma vitrine, onde os lúpulos são avaliados por meio de:

O Retrato do Lúpulo Brasileiro: Dados que Impressionam

Um dos objetivos centrais da Copa é quebrar o paradigma de que “o Brasil não produz lúpulo”. 

Os dados apresentados na palestra mostram uma realidade diferente e promissora:

Variedades em Destaque: Em 2021, diversas variedades eram cultivadas, com Comet e Cascade sendo os mais populares. Ao longo dos anos (2022-2024), houve uma concentração, com Comet e Cascade representando cerca de 50% da produção em 2023. Em 2024, o Comet ultrapassou 30% e o Cascade mais de 20% da produção nacional. Outras variedades como Chinook, Zeus e Magnum também ganharam espaço, enquanto algumas, como o Mantiqueira, diminuíram por falta de demanda das cervejarias.

Distribuição Geográfica: O cultivo de lúpulo está presente em praticamente todas as regiões do Brasil (exceto Norte), com forte representação no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e até mesmo no Nordeste (Alagoas, desde 2023). São Paulo e Minas Gerais lideram, respondendo por mais de 50% das plantações.

Variedades Experimentais: Há um crescimento de grupos de pesquisa trabalhando no desenvolvimento de lúpulos nativos do Brasil, adaptados ao clima e solo locais, com resultados promissores sendo testados por cervejeiros.

Qualidade Comparativa: Em relação aos alfa ácidos, os lúpulos brasileiros se mostram competitivos, frequentemente apresentando níveis similares ou até superiores aos lúpulos internacionais em diversas variedades. O Comet e o Cascade, por exemplo, demonstram estabilidade nos níveis de alfa ácidos em todo o Brasil.

Produtividade: O clima brasileiro permite duas ou mais safras por ano em algumas regiões, o que confere ao lúpulo nacional um potencial de produtividade anual igual ou superior ao de países como os EUA. O Comet brasileiro, por exemplo, atinge de 2 a 3 toneladas/ano, enquanto o americano fica entre 1.9 e 2.2 toneladas/ano. Para o Cascade, o Brasil alcança 2 a 3 toneladas/ano, contra 2 a 2.5 toneladas/ano nos EUA.

Evolução do Processamento: Houve uma notável profissionalização dos produtores. Em 2021, apenas 37% dos produtores conseguiam peletizar o lúpulo, resultando em muitas amostras úmidas (15% de umidade) e de baixa vida útil. Em 2024, mais de 90% dos produtores já peletizam o lúpulo, com níveis de umidade (11-13%) próximos dos padrões internacionais (8-12.5%). Os óleos essenciais se mantêm em torno de 2-2.5%.

Confira também: Plantar Lúpulo no Brasil: as suas dúvidas respondidas

Perfil Sensorial e Pesquisa Científica

O perfil sensorial dos lúpulos brasileiros, como o Comet, é predominantemente cítrico, com notas de frutas amarelas e florais, confirmando o alto teor de limoneno, linalol e geraniol.

A pesquisa científica em lúpulo no Brasil tem crescido exponencialmente. 

O país ocupa o 11º lugar global em publicações científicas sobre o tema, com estudos focados em produção vegetal, iluminação artificial e análises químicas. 

Essa efervescência acadêmica é fundamental para entender o comportamento do lúpulo nacional na produção de cerveja e para impulsionar a inovação.

O mercado de lúpulo no Brasil é um campo fértil e em plena maturação. Os dados apresentados no Seminário Internacional da Cerveja 2025 demonstram todo o potencial de excelência do lúpulo nacional.

Quer se aprofundar nos dados, entender as nuances do processamento, as estratégias de vendas e os rumos da pesquisa em lúpulo no Brasil?

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Não perca a chance de explorar o futuro do lúpulo brasileiro! Prost!

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