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Tendências do Mercado Cervejeiro

O Futuro da Cerveja Artesanal no Brasil: Desafios, Tendências e Oportunidades em Debate

O mercado de cerveja artesanal no Brasil é vibrante, criativo e cheio de paixão. No entanto, como qualquer setor em crescimento, ele enfrenta seus próprios desafios e está em constante evolução.

Quais são as tendências que moldam este cenário?

Que obstáculos precisam ser superados para garantir um futuro próspero para as cervejarias independentes?

Essas e outras perguntas foram o centro de um debate riquíssimo realizado durante o Seminário Internacional da Cerveja 2025.

Reunindo vozes importantes do setor, a mesa redonda contou com a participação de Carlo Bressiani, Diretor da ESCM, Luiza Lugli Tolosa da Cervejaria Dádiva, Giba Tarantino, Presidente da Abracerva e Rafael Leal da Cervejaria Caatinga Rocks. Juntos, eles compartilharam suas experiências, visões e os caminhos que enxergam para o mercado cervejeiro artesanal brasileiro.

Este post é um resumo dos pontos mais relevantes discutidos, uma espécie de “aperitivo” para te convidar a mergulhar de cabeça no debate completo. Prepare sua taça (ou copo!) e venha entender o que está em jogo.

Os Desafios Persistentes: Tributação e Penetração de Mercado

Não é novidade que a tributação da cerveja artesanal é um dos maiores entraves para o crescimento do setor no Brasil. Os impostos elevados impactam diretamente o preço final, tornando o produto menos acessível para uma parcela maior da população e dificultando a competição com as grandes indústrias.

Os debatedores reforçaram a necessidade urgente de um tratamento tributário diferenciado para as cervejarias artesanais, que leve em conta o volume de produção e o impacto econômico local que geram.

Uma proposta mencionada é a de basear a tributação no teor alcoólico da bebida, uma abordagem mais justa e alinhada com práticas internacionais, como a observada no mercado do Reino Unido.

Além da carga tributária, a penetração de mercado continua sendo um desafio, especialmente em regiões onde a cultura da cerveja artesanal ainda está em desenvolvimento.

Enquanto grandes centros como São Paulo veem uma intensa disputa por espaço entre inúmeras marcas, outras áreas do país ainda têm um contato limitado com a diversidade de sabores que a cerveja artesanal oferece, ficando restritas, muitas vezes, a cervejas de massa.

A Força da União e a Luta por Políticas Favoráveis

Diante desses desafios, a palavra de ordem é união. Os especialistas destacaram a importância fundamental das associações setoriais, como a Abracerva, em articular e representar os interesses dos pequenos produtores.

O lobby por políticas fiscais favoráveis é uma batalha contínua que exige esforço coletivo e diálogo, inclusive com as grandes cervejarias, para fortalecer a posição do setor nas discussões com legisladores.

Promover a cerveja artesanal não apenas como bebida, mas como parte da gastronomia e do turismo, é outra frente de atuação essencial. Isso ajuda a agregar valor ao produto e a educar o consumidor sobre a qualidade, a complexidade e o impacto positivo das cervejarias locais na economia e na cultura.

Competição, Valor e a Necessidade de Educação do Consumidor

O cenário competitivo é acirrado, não apenas com as grandes indústrias, mas também entre as próprias cervejarias artesanais.

A guerra de preços, infelizmente, é uma realidade que prejudica a saúde financeira das empresas e, pior, desvaloriza a percepção de valor da cerveja artesanal aos olhos do consumidor.

É crucial que os cervejeiros tenham consciência da importância de uma precificação responsável.

A educação do consumidor é a chave para mudar essa dinâmica. É preciso comunicar melhor o valor intrínseco da cerveja artesanal: a qualidade dos ingredientes, o processo de produção cuidadoso, a inovação, a história por trás da marca e o impacto positivo na comunidade local.

Tendências de Consumo: Low ABV, Não Alcoólicas e Consciência de Marca

Uma das tendências mais notáveis discutidas foi o crescimento do interesse por cervejas low abv (baixo teor alcoólico) e cervejas não alcoólicas. A Cervejaria Dádiva, por exemplo, já investe nesse segmento desde 2019, com resultados positivos. Essa mudança reflete um movimento maior de consumo consciente, onde as pessoas buscam opções mais leves ou sem álcool, mas sem abrir mão do sabor e da experiência da cerveja.

Os consumidores estão cada vez mais atentos aos valores da marca e às práticas de produção. Sustentabilidade, conexão com a comunidade e autenticidade são fatores que influenciam a decisão de compra. Isso abre uma oportunidade para as cervejarias artesanais se diferenciarem, destacando suas iniciativas e construindo uma relação mais próxima e genuína com seu público.

Conectar a cerveja com outras atividades, como esportes e culinária, também foi apontado como uma forma eficaz de agregar valor e desmistificar estereótipos negativos associados ao consumo de álcool. Parcerias locais e experiências personalizadas ajudam a fortalecer a identidade da marca e a expandir seu alcance.

Logística Local: O Desafio da Distribuição

Para muitas cervejarias artesanais, especialmente as de menor porte, a logística de distribuição é um gargalo significativo. O Rafael, da Cervejaria Caatinga Rocks, compartilhou as dificuldades de operar em uma metrópole como São Paulo e os desafios de distribuir para fora do estado, citando questões fiscais e operacionais que tornam inviável a expansão para longas distâncias.

Manter um fornecimento estável para clientes locais e focar na demanda da própria região é uma estratégia adotada por muitas cervejarias para contornar esses problemas. A preferência crescente do consumidor por produtos locais reforça a importância e a viabilidade desse modelo.

O Futuro é de Adaptação e Colaboração

O debate deixou claro que o mercado cervejeiro artesanal brasileiro está em um momento de transição. Os desafios são reais, mas as oportunidades para inovação e crescimento também são imensas. A chave está na capacidade de adaptação ágil, na busca por otimização de processos, na análise de métricas para entender o consumidor e, acima de tudo, na colaboração entre os players do setor.

Oferecer um portfólio diversificado, que inclua opções low abv e não alcoólicas, sem perder a coerência da marca, é um caminho promissor. Educar o mercado, lutar por condições mais justas e fortalecer a conexão com a comunidade local são pilares para construir um futuro sólido.

Diferentes tipos de cerveja podem e devem coexistir, atendendo a diferentes momentos e preferências do consumidor. O importante é que a cerveja artesanal continue a ser sinônimo de qualidade, inovação e paixão.

Quer Saber Mais? Assista ao Debate Completo!

Este post apenas arranhou a superfície de uma discussão muito mais profunda e detalhada. As experiências e insights compartilhados por Carlo Bressiani, Luiza Tolosa da Dádiva, Giba da Abracerva e Rafael Leal da Caatinga Rocks são valiosíssimos para quem vive ou se interessa pelo mercado cervejeiro artesanal no Brasil.

Para entender todas as nuances, ouvir os exemplos práticos e se aprofundar nas tendências e desafios, você precisa assistir ao debate na íntegra. É uma verdadeira aula sobre o presente e o futuro da cerveja artesanal brasileira.

Não perca a oportunidade de aprender diretamente com alguns dos principais nomes do setor.

Assista, compartilhe suas impressões e participe ativamente da construção do futuro da nossa cerveja artesanal!

Prost!

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