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Beba Local e apoie a cultura cervejeira

Já ouviu falar do conceito Beba Local?

Existe hashtag, aplicativo pra smartphone, festa, festival, diferentes materiais de merchand de cervejarias (como camisetas, bonés, etc.).

Mas, afinal de contas, o que está por trás do conceito Beba Local?

Apoiar a cultura cervejeira local. Simples. Bem complexo, também.

O conceito de apoiar o movimento “Beba local” é muito forte em alguns países, tais como os Estados Unidos, Bélgica ou Inglaterra. A ideia vai além de ser um aplicativo ou uma hashtag, e envolve o desenvolvimento sustentável da economia. É algo que está mudando o perfil de consumo das pessoas e, consequentemente, mudando o mercado de cervejas.

Beba local: entenda o movimento

Microcervejarias tornam-se cada vez mais populares no Brasil.

A cena da cerveja artesanal explodiu nos últimos anos e, de acordo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que precisa autorizar este tipo de operação, em terras brasileiras já se conta com 1.383 cervejarias registradas.

No Brasil, oriundo do “Support Local” ou “Compre do Pequeno” promovidos pelo SEBRAE, o Beba Local visa incentivar o consumo de micro e pequenos produtores das diferentes regiões do país, para movimentar a economia local. 

Tais movimentos de promoção do consumo local são formas de apoiar as regiões e localidades, gerando mais empregos e incentivando o empreendedorismo em diversas formas.

Ao optar pelo consumo de bebidas produzidas na própria região onde ela é comercializada, os benefícios não são apenas pessoais.

Estes vão desde beber uma cerveja mais fresca e com as características originais quase intactas, pagando um preço mais justo e acessível, até ganhos consideráveis para a economia local e para o meio ambiente, já que são evitados desperdícios com embalagens e transporte.

Algumas coisas parecem óbvias, mas muitas vezes não são tão perceptíveis para a comunidade.

Um exemplo?

Quanto mais pessoas interessadas em beber rótulos produzidos por cervejarias da localidade onde vivem, maior será o estímulo ao estabelecimento de cervejarias nesse lugar. Uma coisa puxa a outra e movimenta a região de diversas formas, mas primeiramente em termos econômicos.

Por quê?

Cervejarias recolhem impostos, compram insumos (o que ajuda outros comerciantes a movimentar seus negócios), contratam serviços e, principalmente, dão oportunidade de emprego…

Um estímulo à concorrência

Voltando um pouco no assunto, o estímulo ao mercado local incentiva o surgimento de um maior número de cervejarias, como foi dito. Isso também significa, de alguma maneira, uma disputa pelo “melhor produto”, uma concorrência saudável.

É muito difícil que um mestre cervejeiro permaneça acomodado com a produção de seus 3 estilos tradicionais se a concorrência oferece diferentes e novas experiências.

É mais provável que o responsável pela cervejaria busque excelência e aprimoramento de seus conhecimentos para inovar ou melhorar sua receita e, assim, ele possa competir, minimamente, de igual para igual (melhor será se conseguir se destacar, claro).

No final dessa história, quem ganha mais? Talvez o consumidor, que terá ao alcance das mãos um produto de melhor qualidade.

Outro ponto bastante interessante relacionado às razões pelas quais uma cervejaria artesanal deva atender o consumo local, na perspectiva do público cervejeiro, é que o consumidor sabe exatamente o que compõe sua cerveja.

Assim como quando você compra seus produtos diretamente da fazenda ou no mercado dos agricultores, quando você vai a uma cervejaria local você pode conhecer a fábrica pessoalmente, conversar com o cervejeiro, dar sua opinião e receber mais informações sobre o produto que consome.

Por outro lado, geralmente as microcervejarias não transportam longas distâncias, o que significa mais sustentabilidade ambiental: reduzem o uso de combustível gerando menos poluição. Em grande parte, o escoamento de sua produção é local ou regional (ao menos inicialmente).

beba local

Beba Local: o meio ambiente e o turismo agradecem

Outra tendência das pequenas cervejarias locais é a de reciclagem em diferentes níveis.

Isso não tange apenas suas garrafas de vidro, o plástico ou papel. Cada vez mais empresas cervejeiras são adeptas do uso de recipientes reutilizáveis (os growlers – jarras feitas com vidro ou cerâmica), reduzindo a necessidade de embalagens.

Observando o mercado cervejeiro artesanal atual, é perceptível a mudança de comportamento e ocupação dos espaços, seja em grandes ou pequenos centros urbanos (e rurais, em alguns casos).

As plantas fabris ocupam áreas que antes não recebiam frequência de público.

Onde antes havia apenas indústrias ou galpões de armazenagem, agora convivem novos e atrativos espaços customizados e otimizados, o que amplia consideravelmente o leque de opções de lugares de ócio, entretenimento e formação, inclusive.

E seguindo a linha de raciocínio anterior, há de se considerar o desenvolvimento turístico da região.

As microcervejarias, por si, já atraem certo público.

No momento em que as empresas criam seus eventos específicos (tais como o dia da cervejaria, visitas guiadas, os festivais locais e “open days”), o público aumenta muito e, por vezes, extrapola os limites das cidades e regiões, atraindo consumidores de diferentes partes do país.

O resultado disso é que estes acontecimentos movimentam bastante a região, colocando as localidades dentro de rotas turísticas relacionadas ao turismo específico cervejeiro ou não.

E então? Já comprou a sua cerveja local, hoje?

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